TEATRO OFICINA: TRÊS E TANTOS ATOS

Última atualização em: 04/10/23 às 15h

Data: 16, 17 e 21/10/2023
Horário: 19h
Local: IABsp: Rua Bento Freitas, 306, 1° andar

Em celebração ao legado de Zé Celso e a todo o conjunto histórico e cultural do lendário Teatro Oficina, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo promove o seminário Teat(r)o Oficina: três e tantos atos. Organizado em três momentos, o encontro parte da leitura e discussão dos diversos projetos arquitetônicos para o teatro, traz a vivência artística e teatral por meio da linguagem cinematográfica e se encerra com a experiência espacial da visita guiada ao Teatro Oficina e Parque do Bixiga.


16/10 | ato 01: projetos – 19h
Mesa e debate

 

Edson Elito – Debatedor
Arquiteto FAU Universidade Mackenzie, São Paulo, 1971. Sócio do escritório Elito Arquitetos Associados desde 1998. Diretor Financeiro da Direção Nacional do IAB, gestões 1989/91 e 2006/07. Conselheiro do COSU do IAB de 1989 a 2007 e de 2015 à presente data. Ex-Secretário Geral e Ex-Vice-presidente do IABSP. Principais projetos: Teatro Oficina, co-autoria com Lina Bo Bardi; Teatro do Colégio Santa Cruz, co-autoria com J.C. Serroni e Gustavo Lanfranchi; Programa Habitacional Paraisópolis, co-autoria com Joana Fernandes Elito e Cristiane Otsuka Takiy; SESC Santo Amaro, co-autoria com Joana Fernandes Elito e Cristiane Otsuka Takiy; Restauro e Ampliação da Escola Municipal de Astrofísica co-autoria com Joana Fernandes Elito e Cristiane Otsuka Takiy; Programa Habitacional Guarapiranga, SP, co-autoria com Abrahão Sanovicz, João Honório de Mello Filho e Marcos Carrilho. Principais prêmios: Medalha de Ouro na Quadrienal de Praga, 1999, Projetos do Teatro Oficina e Teatro do Colégio Santa Cruz; Prêmio Edifícios Culturais – Teatro da Premiação IABSP-2002 – Teatro do Colégio Santa Cruz; Prêmio Destaque Melhores da Arquitetura – 2010, Escola Municipal de Astrofísica; Prêmio Mundial Habitat Social y Desarrollo da Bienal de Arquitetura de Quito – 2010, Programa Habitacional Paraisópolis.
Guilherme Wisnik – Debatedor
Professor Livre-Docente na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, instituição na qual é Vice-Diretor (2023-2026). Consultor curatorial do MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia desde 2023, é autor de livros como Lucio Costa (Cosac Naify, 2001), Estado crítico: à deriva nas cidades (Publifolha, 2009), Espaço em obra: cidade, arte, arquitetura (Edições Sesc SP, 2018), Dentro do nevoeiro: arte, arquitetura e tecnologia contemporâneas (Ubu, 2018) e Lançar mundos no mundo: Caetano Veloso e o Brasil (Fósforo, 2022). Recebeu o prêmio “Destaque 2018” da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) em 2019. Publicou ensaios em diversos livros e revistas, tais como Cahiers d’Art, Artforum, Architectural Design, Architectural Review, Domus, Arquitectura Viva, AV Monografías, 2G, Rassegna, Arch +, Baumeister, JA – Jornal Arquitectos e Urban China. Foi curador de exposições como o projeto de Arte Pública Margem (Itaú Cultural, 2008-10), Ocupação Cildo Meireles: rio oir (Itaú Cultural, 2011), Paulo Mendes da Rocha: a natureza como projeto (Museu Vale, 2012), São Paulo: três ensaios visuais (Instituto Moreira Salles, 2017), Pedra no céu: arte e arquitetura de Paulo Mendes da Rocha (MuBE, 2017), Ocupação Paulo Mendes da Rocha (Itaú Cultural, 2018), Infinito vão: 90 anos de arquitetura brasileira (Casa da Arquitectura de Portugal, 2018), Amilcar de Castro: na dobra do mundo (MuBE, 2021), Paisagem construída: São Paulo e Burle Marx (Galeria Fiesp, 2022) e Pedra viva: Serra da Capivara – o legado de Niède Guidon (MuBE, 2023). Foi o Curador-Geral da 10a Bienal de Arquitetura de São Paulo (Instituto de Arquitetos do Brasil, 2013), e do Pavilhão do Brasil na Expo 2020 em Dubai (2021).
Marília Gallmeister – Debatedora
Artista, diretora de arte, arquiteta cênica, roteirista. Trabalha desde 2011, como arquiteta cênica e diretora de arte no Teatro Oficina, participando, desde então, de criações e remontagens de 15 peças, dentre elas: “Macumba Antropófaga”, a saga da atriz Cacilda Becker, “O Rei Da Vela” e “Roda Viva”. Trabalhou em colaborações de roteiro como: no “Rito Cine-teatro-gráfico do Centenário da Arquiteta” Lina Bo Bardi, para a exposição “O Interior está no Exterior”, de curadoria de Hans Ulrich; e nas criações do coletivo Terreyro Coreográfico, com dezenas de ações públicas, performances e atos encenados, sendo a última, a “ATIVAÇÃO DOS PARANGOLÉS” na exposição “HÉLIO OITICICA A Dança Na Minha Experiência”, MASP, em 2020. Participou em 2013 da X Bienal Internacional de Arquitetura, em São Paulo, no projeto Residência Bixiga, na elaboração do projeto “Anhangabaú da Feliz Cidade”. E ao longo destes anos desenvolveu e tornou público estas experiências em publicações diversas. Em 2018 fez o projeto expográfico da exposição “Ser essa terra: São Paulo cidade indígena”, no Memorial da Resistência de São Paulo. Deu aulas na Escola da Cidade e Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), com curso Arquitetura e Urbanismo Cênico.  Em 2021, criou roteiro com Daniel Kairoz do filme TERRA CORO, contemplado pelo fomento à dança. Em 2022 co-dirigiu e criou dramaturgia para o trabalho O Eros Dos Coros, no Teatro Oficina, Universidade Antropófaga. E desde 2011 atua na luta  pela criação do Parque do Rio Bixiga.
Yuri Quevedo – Debatedor
Yuri Quevedo é curador da Pinacoteca de São Paulo. Graduado em Arquitetura e Urbanismo na Escola da Cidade (2014), mestre na linha de pesquisa em História da Arte pela FAU-USP. Desde 2019, é professor de História da Arte na Escola da Cidade. Em 2023, foi co-curador das exposições “Antonio Obá: Revoada” e “Chão da Praça: obras contemporâneas do acervo da Pinacoteca” na Pina Contemporânea. Também foi co-curador de  “Ruptura e o grupo: abstração e arte concreta, 70 anos” no MAM SP (2022). Curador da exposição “Pequenas Pedras Polidas: azulejaria no acervo Sesc e em outras coleções” (2022-2023). Foi curador assistente no processo de reformulação da mostra de longa-duração do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo (2020).  De 2009 a 2013 foi pesquisador no Acervo Flávio Império, onde colaborou com sua organização, digitalização e doação para o IEB-USP.
Renato Anelli – Mediador
Arquiteto Urbanista (PUCC, 1982), Mestre em História (UNICAMP, 1990), Doutor (FAU USP, 1995) e Livre-Docente (EESC USP, 2001). Professor de Arquitetura e do Urbanismo na USP São Carlos de 1986 até sua aposentadoria em 2021, foi Chefe de Departamento e Coordenador do Programa de Pós-Graduação. É pesquisador do CNPq desde 2005 e professor da FAU Mackenzie desde 2021. Participou do Núcleo do IAB de São Carlos (1997/2009) e das Bienais de Arquitetura de São Paulo (1993, 1997, 1999, 2009 e 2013). Representou o IAB no CONDEPHAAT (2019/21) e na CMPU (2021/23). Atua no Instituto Bardi Casa de Vidro desde 2006, como conselheiro, diretor e curador, onde coordenou o Plano de Acervo (Fapesp, 2011/13) e Plano de Gestão e Conservação (Getty Foundation, 2016/19). Secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos de São Carlos (2001/04) coordenou o Plano de Mobilidade Urbana Ambientalmente Sustentável, implantando as primeiras infraestruturas hídricas com soluções baseadas na natureza na cidade. Foi professor visitante na Columbia University (NYC/2016) e coordenador do convênio USP/ HafenCity University Hamburgo (2011/17). É membro da rede Klimapolis (Alemanha/Brasil) e coordena a pesquisa “O papel das redes de infraestrutura na redução das vulnerabilidades das cidades brasileiras às mudanças climáticas” (CNPq / MackPesquisa), atualmente ocupa o cargo de  Diretor de Cultura do IABsp, gestão 2023-2025

17/10 | ato 02: a máquina do desejo – 19h
Filme e debate

Joaquim Castro – Debatedor
É cineasta e seu primeiro longa-metragem como diretor e montador, “Dominguinhos” de 2014, foi indicado ao prêmio de melhor montagem e ganhou o prêmio de Júri Popular de melhor Documentário no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2015. Seu segundo longa-metragem como diretor e montador, “Máquina do Desejo”, ganhou diversos prêmios, incluindo o de melhor montagem e menção honrosa do júri no festival É Tudo Verdade 2021, melhor documentário pelo Júri Popular do festival Mix Brasil 2021, entre outros. Fez também a  montagem e o desenho de som do documentário “Democracia em Vertigem” de Petra Costa, indicado ao Oscar de melhor documentário em 2020. Castro também colaborou na montagem de diversos outros filmes, como “Babenco: Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer Parou” de Bárbara Paz, vencedor do Festival de Veneza de Melhor Documentário, entre outros.
Camila Mota – Debatedora
É atriz, dramaturga, diretora, produtora, compositora e artista visual. seu trabalho está na encruzilhada entre performance, desenhos, vídeo e instalações. entrou na companhia teat(r)o oficina uzyna uzona em 1997, onde atua, desde então, na criação e concepção de todos os projetos da companhia. foi co-diretora de “os sertões”, projeto de transposição do livro de euclides da cunha para a dramaturgia e linguagem audiovisual. atua também como diretora e conselheira do vídeo e do cinema ao vivo no teat(r)o oficina, introduzido na década de 80, e forte característica da linguagem da companhia. faz parte do time de coordenadores da universidade antropófaga – prática de troca e transmissão de conhecimentos do teat(r)o oficina. fez parte da coletiva “o que não é floresta é prisão política”, galeria reocupada, ocupação 9 de julho em são paulo, com a instalação “feitiço de espada, ruína y terra contra terraplana” [sítio específico] (2018-2019). video-instalação “tudo que gira é makumba” [sítio específico] para a exposição “manjar re-conhecimento”, junto das obras “ruínas vitais” y “piano para ogun”, no solar dos abacaxis, rio de janeiro, brasil (2019). compôs os processos de criação da “autoescola insular”, na 33a bienal internacional de são paulo. em 2019 dirigiu mutação de apoteose, espetáculo de abertura da flip. é diretora do oavni (objeto audiovisual não identificado) AVÁ, que estreou na mostra de cinema de tiradentes 2021 com sessão especial na mostra tiradentes sp (2022) no cinesesc. é diretora da produtora cabra filmes e artista e performer no arquivo mangue – organismo vivo de trabalho e produção no cruzamento das linguagens do teatro, do vídeo, da poesia e das artes visuais, em parceria com cafira zoé. desenvolve junto com cafira zoé a linguagem do teatro de encruzilhada – um núcleo de criação nascido no Teat(r)o Oficina durante a 5a dentição da universidade antropófaga (2022). participou da y da coletiva “⦿” com as obras “makumba gráphyka preta e makumba gráphyka vermelha” na galeria leme, são paulo, sp (2018). fez parte da exposição “de montanhas submarinas o fogo faz ilhas”, parceria do pivô com a kadist, com a obra comissionada “o que diriam as pedras à marte”, do arquivo mangue. em 2023 estreia mutação de apoteose mo teatro oficina, uma tragicomediaorgia, ópera de carnaval, com mais de 80 artistas em cena.
Luanda Vanucci – Debatedora
Doutora em Planejamento Urbano e Regional pela FAU USP. Mestre em Estudos Urbanos pela Universidade Livre de Bruxelas (VUB). Graduada em Geografia pela Universidade de São Paulo. Atualmente realiza pesquisa de pós-doutorado na FCT Unesp.

Rafael Blas – Mediador
É diretor de arte e cenógrafo em cinema e TV. Arquiteto especialista em interiores pela FAAP, mestre em arquitetura pela FAU Mackenzie, doutorando em arquitetura pela FAUUSP. Concentra suas pesquisas nas relações entre história e teoria da arquitetura, modernidade e ambientes cinematográficos. Há mais de 19 anos no mercado audiovisual, assinou produções para Netflix, Amazon, Paramount, Star+, HBO, TV Globo entre outros. É professor na graduação e pós-graduação do SENAC e nas pós-graduações da Belas Artes e da UEL.

21/10 | ato 03: visita ao teatro oficina – 12h
(Inscrições para participantes do Seminário)

Marília Gallmeister – Debatedora
Arquiteta, urbanista, artista. Graduada pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita (UNESP/BAURU). Atua desde 2009 em projetos expográficos, sendo o último trabalho a exposição Ser Essa Terra: São Paulo Cidade Indígena, em 2018, no Memorial da Resistência. Trabalha como arquiteta cênica no Oficina desde 2011, onde desde então participou da criação de quinze peças. Atualmente integra o coro que trabalha para tornar terra pública o projeto do Teatro Parque do Rio Bixiga.