BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO: EDIÇÕES ANTERIORES
Em 1951, foi realizada a primeira Bienal dedicada às Artes Plásticas, no Trianon – Av. Paulista, como importante evento de debate sobre variadas manifestações artísticas. Ao longo das edições subsequentes, discussões sobre o campo da arquitetura se fizeram constantemente presentes, contando com nomes de notáveis arquitetos.
Em 1973, foi realizada a primeira Bienal específica de arquitetura. Desde essa primeira edição, a Bienal Internacional de Arquitetura tornou-se um dos eventos mais significativos realizados pelo IABsp, buscando abordar, discutir, rever e difundir questões sobre nossa ocupação do território enquanto sociedade. A arquitetura brasileira encontra nas Bienais sua principal instância de debate e desenvolvimento crítico, mostrando-se como importante manifestação cultural, social e política para enfrentar os desafios cotidianos do campo.
*Agradecemos à Fundação Bienal que gentilmente cedeu os arquivos digitalizados dos catálogos das 1ª, 2ª, 5ª, 6ª e 7ª Bienais Internacionais de Arquitetura de São Paulo, realizadas em conjunto entre IABsp e Fundação Bienal. Solicitamos que, para utilização desses documentos, sejam consultadas as normas da estabelecidas pela Fundação Bienal (http://www.bienal.org.br/arquivo).
*Agradecemos também à Editora Monolito pela disponibilização de parte do catálogo.
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1973 – 1a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: O Ambiente que o Homem Organiza Conselho Diretor: Oswaldo Correa Gonçalves, Mário Torguato Pinheiro e Eduardo Kneese de Mello. A 1ª Bienal de Arquitetura, realizada em 1973, contou com o convênio do antigo BNH e a colaboração da Unesco e da União Internacional dos Arquitetos, além de outras instituições nacionais. Foi, segundo a crítica, um marco na “reunião dos resultados dos esforços desenvolvidos em todo o mundo para um melhor aproveitamento do meio ambiente, nas cidades e no campo”. Contou com a participação de 22 países, tendo como homenageados em salas especiais os arquitetos Lúcio Costa e Vilanova Artigas, o paisagista Roberto Burle Marx e o calculista Joaquim Cardozo, além de homenagem póstuma a Flávio de Carvalho. Cartaz | jpg |
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1993 – 2a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Ambiente e Meio Ambiente Presidente da Fundação Bienal: Edemar Cid Ferreira. Em 1993, 20 anos depois da primeira edição, realiza-se a 2ª Bienal Internacional de Arquitetura, com o tema “Arquitetura, Cidade e Natureza”.Tendo como principal homenageado o arquiteto Oscar Niemeyer, a 2ª Bienal obteve uma visibilidade na mídia impressa e televisiva de proporções impressionantes e foi destaque em periódicos de boa parte do mundo. Além disso, configurou-se como um evento de debates e proposição de obras que, hoje, fazem parte da paisagem das grandes cidades. |
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1997 – 3a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Temas: Presidente da Fundação Bienal: Julio Landmann. A 3ª Bienal Internacional de Arquitetura, realizada em novembro de 1997, retoma o debate da desumanização das grandes cidades e apresenta, em 35 salas especiais, trabalhos dos mais importantes arquitetos brasileiros e estrangeiros como Vilanova Artigas, Rino Levi, Barry Parker e Rietveld, entre outros. Com grande afluxo de público, resgata a questão da vida nas cidades, ampliando esse debate ao apresentar, pela primeira vez, o contraponto entre as visões do futuro e as soluções urbanas do século XIX e início do século XX. Em seus 17 dias de abertura a público, recebeu cerca de 54.000 visitantes e teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional, com elogios da crítica especializada e da imprensa. |
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1999 – 4a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Arquitetura e Cidadania Visitantes: 150.000 A 4ª Bienal Internacional de Arquitetura contou com amplo leque de atividades complementares às diversas mostras programadas, tais como fóruns de debates e palestras, ciclos de cinema, lançamentos de livros, concertos de música relacionada à arquitetura, cursos de atualização e seminários especializados. Mais que um encontro de profissionais da arquitetura, do urbanismo e do desenho industrial, de fornecedores de serviços e técnicas construtivas, de empreendedores imobiliários e administradores públicos, a Bienal dedicou-se, fundamentalmente, ao cidadão preocupado com a melhoria da qualidade de vida, com o futuro de nossas cidades e com a qualidade dos espaços construídos. Recebeu um público de mais de 150.000 pessoas e teve repercussão significativamente maior que os eventos anteriores. |
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2003 – 5a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Metrópole Presidente da Fundação Bienal: Manoel Francisco Pires da Costa. O século XX foi palco de grandes e rápidas transformações. Foi marcado por rupturas, por revoluções políticas, sociais, culturais, artísticas e, particularmente, por propostas no campo da arquitetura de cunho profundamente democrático e transformador. A cidade passou a exigir dos arquitetos modernos posicionamento e adoção de novos princípios, num desafio sem precedentes na história da prática arquitetônica. O resultado foi a construção de um ideário em que a arquitetura e o design, como linguagens inovadoras, tornaram-se instrumentos de transformação numa síntese da qualidade e da quantidade. Para isto, foi necessário apoiarem-se nos avanços científicos disponíveis e, ao mesmo tempo, colaborar de forma criativa para o aperfeiçoamento técnico e o desenvolvimento social de vários aspectos da estrutura urbana. Cartaz | jpg |
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2005 – 6a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Viver na Cidade – Realidade – Arquitetura – Utopia Presidente da Fundação Bienal: Manoel Francisco Pires da Costa. Durante o século XX, o espaço urbano testemunhou profundas transformações políticas, culturais, econômicas e artísticas. Os diversos conflitos tiveram impactos também na produção arquitetônica. Essas transformações foram um aceno para perspectivas otimistas na área da tecnologia. No entanto, é importante marcar que esse desenvolvimento veio acompanhado de desastres avassaladores que trouxeram questões preocupantes para a humanidade: a deteriorização do meio ambiente, a globalização acelerada, o crescimento desenfreado das metrópoles e o agravamento das desigualdades. Esse novo panorama coloca ao arquiteto outros enfrentamentos e desafios que a 6ª edição da Bienal de Arquitetura buscou abordar. Cartaz | jpg |
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2007 – 7a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo Tema: O Público e o Privado Local: Pavilhão das Bienais – Parque Ibirapuera Data: 11 de novembro a 16 de dezembro Visitantes: 180.000 Presidente da Fundação Bienal: Manoel Francisco Pires da Costa. Presidente do IAB – Direção Nacional: Gilberto Belleza. Presidente do IAB – São Paulo: Arnaldo Martino. Curadoria: Arnaldo Martino, Gilberto Belleza e José Magalhães Jr. A Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo teve, em sua história, a organização e promoção de diversas instituições capacitadas para a realização desse importante evento e consagrou-se como uma das exposições de arquitetura de relevante prestígio no cenário mundial. O momento em que se dá a 7ª Bienal caracterizou-se pela produção de ideias sobre a arquitetura do habitat. O evento contou com a participação de quase oitocentos arquitetos para enfrentar esse debate, sendo homenageados Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha. |
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2009 – 8a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo Tema: Ecos Urbanos Local: Pavilhão das Bienais – Parque Ibirapuera Data: 31 de outubro a 06 de dezembro Visitantes: 120.000Presidente da Fundação Bienal: Heitor Martins. Presidente do IAB – Direção Nacional: João Virmond Suplicy Neto. Presidente do IAB – São Paulo: Joaquim Guedes (in memoriam). Presidência Executiva: Rosana Ferrari. Curador Cultural: Bruno Roberto Padovano. Curadoria Executiva: Demetre Anastassakis, Liane Makowski Almeida e Rafael Schimidt. A 8ª Bienal discutiu as operações de qualificação de áreas degradadas em centros urbanos motivadas por megaeventos, usando a Copa do Mundo de 2014 como pano de fundo. A partir disso, foram estabelecidos os eixos norteadores do evento, sintetizados na sigla Ecos (espacialidade, conectividade, originalidade e sustentabilidade).Essa edição da Bienal teve como presidente de honra o arquiteto Oscar Niemeyer e contou com a exposição de projetos de estudantes de arquitetura e projetos culturais da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Cartaz | jpg |
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2011 – 9a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Arquitetura para Todos Presidente do IAB – Direção Nacional: Gilson Paranhos. A 9ª Bienal teve como tema “Arquitetura para todos: construindo cidadania”. A proposta era enfatizar o aspecto didático do evento, reforçando a participação do grande público não especializado. A prioridade foi explicitar a presença da arquitetura e do urbanismo na vida cotidiana do cidadão. Aqui, a arquitetura não aparece como suporte inanimado e cenográfico da vida em sociedade, mas como agente ativo dos processos sociais. A intenção é explicitar a indissociabilidade entre arquitetura e o cotidiano nessa série de eventos que toma a própria cidade como plataforma expositiva, dinâmica e educativa. |
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2013 – 10a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Cidade – Modo de Fazer – Modo de Usar. Presidente do IAB – Direção Nacional: Sergio Magalhães. A 10ª edição da Bienal teve como mote a qualificação da construção das cidades a partir de um enfrentamento crítico, particularmente associado ao uso da cidade pela população. Buscou entender a arquitetura como um viabilizador de qualidade de vida, e não um instrumento de idiossincrasias individuais. Expondo e discutindo as diferentes maneiras de usar/fazer a cidade, a 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo trouxe à tona temas como mobilidade, densidade, qualificação do espaço público e infraestrutura urbana. A partir desses eixos, a exposição propôs uma reflexão aos cidadãos, disponibilizando instrumentos de análise para fazer uma cidade melhor. |
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2017 – 11a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo Tema: Em Projeto Locais: Biblioteca Mário de Andrade, SESC Parque Dom Pedro II, Praça das Artes, Vila Itororó Canteiro Aberto, Casa do Povo e Ocupação 9 de julho Data: 08 de outubro de 2017 a 28 de janeiro de 2018 Visitantes: 107.880 Presidente do IAB – Direção Nacional: Nivaldo Andrade. Presidente do IAB – São Paulo: Fernando Túlio Salva Rocha Franco. Direção de Conteúdo (Curadoria): Marcos L. Rosa. Assistência de Direção de Conteúdo: André Goldman, Bruna Montuori e Maíra Fernandes. A 11ª edição da Bienal buscou discutir seu lugar na cidade, por meio de um evento colaborativo, em constante construção. Seu “observatório”, um grande arquivo resultante de pesquisa e chamadas abertas, constituiu-se com formatos expositivos diversos, explorando dos de representar, qualificar, intervir e ocupar a cidade. Com mais de 80 ações pela cidade, a Bienal organizou-se em módulos satélites itinerantes e constituiu uma constelação de atividades que fomentaram a vivência, troca de conhecimentos e experiências na cidade. O evento teve como objetivo tornar os processos do urbanismo legíveis e difundidos, para ampliar a discussão sobre a cultura urbana e as possibilidades de ação e qualificação do território. Colocou à arquitetura o desafio de se aproximar de outros saberes e formas de coprodução da cidade, propondo trocas complementares e igualmente relevantes na produção social do espaço e, assim, buscando ampliar o seu campo de ação. |
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2019 – 12a. Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Tema: Todo Dia Presidente do IAB – Direção Nacional: Nivaldo Andrade. A proposta curatorial selecionada para a 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, foi a primeira a ser escolhida por meio de concurso público, tendo como título “Todo Dia”. Esse tema busca refletir o protagonismo do cotidiano na arquitetura e no urbanismo do século XXI. O cotidiano surge nesse evento como mote para pensar infinitas possibilidades dobre a reflexão e prática no ambiente construído, principalmente visando as urgências da vida urbana e as situações de maior vulnerabilidade. Esse olhar busca analisar criticamente as práticas de planejamento e projeto canônicas, distantes dos aspectos triviais da vida nas cidades. A Bienal propôs aos profissionais e ao público refletir sobre o cotidiano apresentando práticas e projetos multidisciplinares, abarcando o design, o planejamento, a fotografia, a pesquisa, o ativismo para ampliar os olhares e as discussões acerca do tema proposto. Cartaz | jpg |