CONCURSO DE CO-CURADORIA

13ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO

Em continuidade à prática iniciada na XII Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) abriu de novembro a janeiro um concurso para selecionar uma proposta de co-curadoria para a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que acontecerá na cidade de São Paulo de maio a julho de 2022.

As propostas deveriam formular um recorte curatorial para a 13ª Bienal a partir de uma provocação central inicial – a RECONSTRUÇÃO – e de eixos norteadores preliminares – democracia, corpos, memória, ecologia e informação – definidos pela Comissão Organizadora.

Foram recebidas 11 propostas representando temáticas e proponentes bastante diversos. Elas foram avaliadas pelo júri levando em conta: a relevância e consistência crítica do recorte proposto; o potencial de comunicação e disseminação da cultura arquitetônica e urbanística; o atendimento ao escopo mínimo e ao Termo de Referência do edital; as possibilidades colaborativas e interdisciplinares; a adequação da proposta ao orçamento apresentado; a representatividade da equipe em gênero, raça e região (Sul Global, América Latina e regiões do Brasil), a  originalidade das propostas e sua possível adequação diante do agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil.

Agradecemos a todas e todos pela participação!

Confira abaixo os resumos das onze propostas:

 


 Imagem: Capa Proposta Desfile Urbano 

PROPOSTA_0001 –
DESFILE URBANO]RESPONSÁVEL: Washington Menezes Fajardo

EQUIPE: Carlo Ratti, Washington Fajardo, Fábio Duarte, Marisa Moreira Salles, Daniele Belleri e Vincent Leung


RESUMO DA PROPOSTA:  Nossa proposta de curadoria para a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo se baseia em uma premissa simples: a reconstrução pós-COVID da cidade deve começar em assentamentos informais. As pessoas que mais sofreram com a pandemia – em termos de taxas de infecção, exclusão econômica e destituição de direitos – foram aquelas que vivem à margem. Além disso, assentamentos como favelas projetam como será o futuro da urbanização dominante, exigindo que elaboremos novos métodos para apoiar, integrar e capacitar seus residentes.

Nossa Bienal, idealizada por Carlo Ratti, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e o arquiteto e urbanista, Harvard GSD Loeb Fellow, Washington Fajardo, em colaboração com os fundadores do Arq.Futuro, Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, busca ajudar a transformar a maneira como podemos reconectar assentamentos informais de modo mais amplo com a urbanização dentro de um novo paradigma tecnológico. As tecnologias digitais podem nos fornecer novas ferramentas para gerenciar e capacitar comunidades espalhadas pela cidade, começando com a implementação revolucionária de digitalização 3D.

Os pesquisadores farão varreduras e apreensão com laser em 3D de uma seleção de locais (Jardim Guarani, Jardim Pantanal, Parque Pinheirinho D’Água, Jardim Lapenna, Jardim Colombo e Parque Novo Mundo) que eventualmente se tornarão os locais de nossa Bienal. Iremos gerar milhares de terabytes de dados para criar

mapas 3D detalhados, que podem nos ajudar a entender algumas das complexas morfologias dos bairros, conectar seus residentes à economia e aos serviços públicos da cidade e criar um tecido urbano mais habitável para a cidade de amanhã . Envolvendo expositores e participantes locais e internacionais, nos aprofundaremos em cada um dos cinco eixos temáticos da Bienal de 2022 (INFORMAÇÃO, DEMOCRACIA, ECOLOGIA, CORPOS, MEMÓRIA).

Cerca de vinte anos após a abordagem inovadora de Medellín para mediar a informalidade, pensamos que os tempos estão maduros para um novo paradigma, que pode surgir da Bienal de 2022 – o que pode vir a ser conhecido no futuro como o “modelo de São Paulo”. O título da nossa proposta de Bienal é Desfile Urbano, refletindo o dinâmico espetáculo público de uma exposição distribuída em seis bairros – com a Avenida Paulista como um ponto central onde todos eles se encontram. Nossa pesquisa circulará pela metrópole em uma “rota de desfile” não convencional, uma plataforma comum de conexão e ideação que une visitantes e residentes que, de outra forma, não teriam razão para estar lado a lado. Somente vendo o centro da cidade pela perspectiva das favelas, e vice-versa, teremos o ponto de vista certo para reconstruir São Paulo como um todo generoso que mescla formalidade e informalidade. Uma cidade.


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Imagem: Capa Proposta Condições Humanas 

PROPOSTA_0002 –
CONDIÇÕES HUMANASRESPONSÁVEL: Juliana Ziebell de Oliveira

EQUIPE: Juliana Ziebell de Oliveira, Fernande Bodo, Marcelo Della Giustina, Mariana Lourenço, Tonderai Koschke e Alejandro Varela


RESUMO DA PROPOSTA: Reconstrução, uma palavra cada vez mais em voga no contexto brasileiro, desde que Chico Buarque lançou a sua canção “Construção”, em 1971, como uma resposta ao clima sócio-político da época. A ideia de reconstrução, entendida como um estado constante de reconfigurações sociais recorrentes, é o tema guarda-chuva desta proposta de co-curadoria.

O jovem século XXI, ainda lutando com as condições produzidas pela modernidade capitalista globalizada, enfrenta um momento determinante em seu desenvolvimento. O preocupante cenário social e ecológico em todo o mundo, exacerbado por uma crise de saúde global, expôs a vulnerabilidade de muitos sistemas humanos confiáveis. As diversas corporeidades que afetam as experiências vividas pelas pessoas têm se deslocado cada vez mais para a vanguarda do discurso global, e têm afirmado a vasta pluralidade de nossas condições humanas. Uma reavaliação do que reconhecemos como “humanidade” nunca foi tão urgente.

Ao focar na arquitetura de e para pessoas de vários grupos vulneráveis, tanto no formato expositivo quanto no programa de forma geral, a Bienal se tornará um espaço de encontro e diálogo entre pessoas de diferentes esferas. Além das manifestações físicas da Bienal, promover a inclusão de conteúdo virtual é um movimento em direção a uma democratização do acesso e dos conteúdos.


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Imagem: Mónica Lamela Blazquez

PROPOSTA_0003 –
#EMCONEXÃORESPONSÁVEL: Luciana Varkulja

EQUIPE: Luciana Varkulja, Fernanda Oppermann e Jose Herrasti


RESUMO DA PROPOSTA: Em tempos desafiadores, a XIII Bienal se apresenta como oportunidade única para abordar as questões ambientais, sociais, raciais, econômicas e políticas que foram amplificadas – e abertamente reveladas – pela pandemia, que evidenciou de forma sem precedentes como pessoas e lugares estão profundamente conectados – por meio de sistemas alimentares, sistemas de mobilidade urbana, espaços privados e públicos, negócios, serviços educacionais e institucionais, meio ambiente, crise climática, migração… Seja em Wuhan, Nova York, na Avenida Paulista ou nas comunidades locais de São Paulo, todos nós somos afetados – de várias maneiras, em diversos níveis.

Diante deste cenário, a XIII Bienal convida a des-cobrir arquitetura, discutindo – em um sentido mais amplo – sua contribuição vital para a elaboração e manutenção desses sistemas e processos – que se dá por meio de decisões feitas durante o decorrer de qualquer projeto, em todas suas etapas. As obras serão exibidas sob a ótica do impacto social, humano e ambiental de uma perspectiva circular, incluindo concepção, construção, habitação, uso e reutilização.

Em 2022, quando a XIII Bienal for inaugurada, um ‘novo normal’ estará em vigor. Na imaginação coletiva, um sentimento de como estamos conectados. Essa nova compreensão da nossa realidade oferece uma oportunidade única de mudança. #emconexão levantará questionamentos, destacando o impacto da arquitetura e discutindo como podemos projetar melhores sistemas para vidas humanas, para comunidades e para o meio ambiente.


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Imagem: Imagem-Síntese Proposta Ruas e Redes

PROPOSTA_0004 –
RUAS E REDESRESPONSÁVEL: Augusto Cesar de Vasconcellos Aneas

EQUIPE: Augusto Cesar de Vasconcellos Aneas e Olivia Duncan


RESUMO DA PROPOSTA: A promoção de encontros como a XIII Bienal em tempos de pandemia global, e com possíveis outros desafios por vir, evoca a necessidade de se pensar um protótipo curatorial resiliente que transforme as atuais adversidades em potência criativa para a reconstrução do evento em São Paulo.

Assim como a criação de cidades democráticas, essa proposta de co-curadoria parte de um processo de identificação de pautas comunitárias a serem definidas de baixo para cima. Essas pautas, distribuídas em eixos temáticos, serão desenvolvidas junto com novas alianças comunitárias a serem criadas e irão compor as atividades programadas para a XIII Bienal nas suas duas redes de equipamentos: a central e a periférica.

Pretendemos colocar em debate o necessário processo de reparação das cidades brasileiras ao experimentar a aproximação entre mundos divergentes e conflitantes como a elite financeira e as comunidades periféricas, incentivando outros tipos de novas alianças para a realização de novos equipamentos comunitários.

Através de uma metodologia híbrida que permita que o evento ocorra tanto online como off-line além de ambos simultaneamente, pretende-se tirar proveito das tecnologias existentes para amplificar a audiência e participação da XIII Bienal em São Paulo, no Brasil e no mundo.


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Imagem: Capa Proposta Travessias 

PROPOSTA_0005 –
TRAVESSIASRESPONSÁVEL: Viviane de Andrade Sá

EQUIPE: Carolina Piai Vieira, Larissa Francez Zarpelon, Louise Lenate Ferreira da Silva, Luciene Gomes, Pedro Cardoso Smith, Pedro Vinicius Alves, Raissa Albano de Oliveira, Thiago Sousa Silva e Viviane de Andrade Sá


RESUMO DA PROPOSTA: O tecido urbano das cidades brasileiras são estruturas marcadas pela fragmentação, descontinuidades e simultaneidades tanto físicas, como simbólicas. As origens deste tecido estão enraizadas aos violentos processos de colonização e pela transferência das conformações de desigualdades e apagamentos para as cidades. A possibilidade de atravessamento pela imensa colcha de retalhos brasileira representa tanto o compartilhamento de urbanidades possíveis, como a oportunidade de reinterpretação de memórias coletivas ancestrais. O recorte curatorial travessias propõe eixos de atravessamentos na cidade articulados a nós temporários de atividades coletivas da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura.


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Imagem: Capa da Proposta Amostradas 

PROPOSTA_0006 – AMOSTRADASRESPONSÁVEL: Eduardo Pimentel Pizarro

EQUIPE: Eduardo Pizarro, Elizandra Cerqueira, Gilson Rodrigues, Lívia Zanelli, Kelly Yamashita, Rafael Goffinet, Felipe Félix, Joana Gonçalves e Zhou Fang


RESUMO DA PROPOSTA: Frente à necessidade premente de reconstrução da arquitetura e do urbanismo, como prática e disciplina, e a partir de um panorama complexo de incongruências, insuficiências, indefinições, insurgências e urgências, amostradas1 propõe, como recorte curatorial, a construção de um exercício crítico entre não-arquitetos e arquitetos, todos co-curadores. Reconhecida a incerteza de seus desdobramentos, mas atentos aos limites, desconfortos e potencialidades, amostradas pretende conformar espaços em constante fricção, abertos a contribuições de outras audiências, para além de mera representação.

Construída por destruidores, e sobre os escombros literais e simbólicos das práticas projetivas e da cidade contemporânea, amostradas lança perspectivas para outras categorias interpretativas que animem discussões, pesquisas, práticas e ações que possam levar, afinal, à destruição e reconstrução da disciplina. Para tanto, o programa proposto para a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, composto por plataforma digital, conferências, exposições e intervenções urbanas temporárias, sugere a reflexão da arquitetura e do urbanismo a partir do inventário de situações, espaços, ações, formas de vida e do território que fomos ensinados a desver – formas incógnitas, insólitas e inconscientes que, ‘crescidas fora’, confrontam lógicas tomadas a priori, em diferentes escalas de latência e potência.

 1 O termo ‘amostrado’ é popularmente utilizado na Bahia, sua utilização como título surge em um dos encontros entre os co-curadores proponentes: em uma cidade como São Paulo, é lícito ‘querer que a cidade discuta a cidade, nada de nós sem nós’ baianos, nós somos amostrados’ (Eliz). Aqui, amostradas são aquelas situações, espaços, ações, que insurgem a contrapelo de lógicas e estruturas dadas a priori.


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Imagem: Memória Descritiva, 2013, Catarina Botelho. Portugal. [Capa da Proposta Coabitar.]

PROPOSTA_0007 –
COABITARRESPONSÁVEL: Stella Mommensohn Tennenbaum

EQUIPE: Camila Nader e Stella Mommensohn Tennenbaum


RESUMO DA PROPOSTA: Coabitar significa habitar ou morar com alguém; dividir o mesmo espaço físico com propósito de moradia. A escolha do título-tema para esta proposta curatorial se justifica a partir da observação da experiência humana em coabitar, desde a gestação até a morte, os mesmos espaços físicos e simbólicos que outros indivíduos. Não estamos sozinhos neste planeta e jamais estaremos, na medida em que o coabitamos, dividindo espaço com outras formas de vida e ocupamos uma escala de participação proporcional ao todo que compõe este conjunto.

Sob o mote da reconstrução, oferecemos a ideia de que em um momento tão específico da experiência humana, onde as relações e o contato social foram suspensos como medida de contenção do avanço da pandemia, as formas de coabitar precisam ser revistas e reconstruídas. E para este processo convidamos o público da 13a. Bienal Internacional de Arquitetura a uma participação mais próxima do que em outras edições, e em diálogo com diferentes áreas, vivências e olhares, para se tornarem agentes deste processo que começa agora.

Acreditamos que a arquitetura, assim como o coabitar, ultrapassa as estruturas e coexiste em diferentes formas e expressões e, nesse sentido, essa curadoria dialoga com uma pluralidade de sentidos e compreensões para se debruçar sobre a vida em conjunto.


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Imagem: Capa da Proposta Utopia 

PROPOSTA_0008 –
UTOPIARESPONSÁVEL: Gabriel Soares Aguilar

EQUIPE: Fernanda Neves, Gabriel Soares Aguilar, Mayara Maruiti Serra, Patrick Franco Machado, Valquiria Correa Lucena, Beatrice Volpato, Natacha Inácio Marcante, Camila Hickenbick Kobarg da Costa, Ana Carolina Koga, Orquidália (Maitê Fontalva, Lucas Fontalva, Ana Medeiros e Simon Aftalion)


RESUMO DA PROPOSTA: “As ideias da classe dominante são, em todas as épocas, as ideias dominantes” (MARX;ENGELS, 2009), desta forma, a arquitetura hegemônica de uma época concretiza os desejos e vontades de uma classe. Como vivemos no sistema econômico capitalista, o capital dita a tendência da arquitetura. Logo, ao olhar para a realidade material, podemos observar que a tendência assume formas em contradição: a abstração e a realidade. A abstração refere-se a visão de que a arquitetura é exceção, como mercadoria fetichizada, onde uma minoria dita e domina o ideal e utópico; Já a realidade, o movimento real da produção de arquitetura, é expressa pela exclusão da maioria ao ideal, e a coerção da construção do real.

A mesma ideologia que dita a tendência abstrata e se beneficia da arquitetura real, difunde em todas as camadas da sociedade, por meio das estruturas de poder, a impossibilidade de mudança radical da realidade. Porém as utopias não são de fato exclusivas a uma classe, são espaços de disputa, de suma importância, uma vez que através delas idealizamos o mundo para qual caminhamos. Frente a essa desigualdade, expressa na materialidade da arquitetura, impressa no território dependente, é que emerge, nessa proposta curatorial, a responsabilidade de tomar as utopias para construção de uma realidade radicalmente justa.


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Imagem: Imagem-síntese da quipe salubreCidade 

PROPOSTA_0009 – SALUBRECIDADERESPONSÁVEL: Marcia Braga Candido

EQUIPE: Darly Prado Gonçalves, Elaine Santana, Marcia Braga Candido e Tiago Neves


RESUMO DA PROPOSTA: O que é reconstruir? Talvez nada possa ser reconstruído, talvez toda reconstrução seja uma inovação; seja uma construção de certa forma. Antes mesmo do prédio ser construído, quem pensa no prédio, antes pensou no lugar, e o lugar já existia. Uma pirâmide Maia que hoje é uma montanha pois a floresta a cobriu, teve como base uma montanha já existente. Se retirássemos a floresta para reformar a pirâmide estaríamos construindo, reconstruindo ou destruindo?

Na cultura Guarani Mbyá e outras culturas dos povos originários do Brasil, a casa “é percebida como um elemento vivo que tem seus ciclos de vida e de morte associados às necessidades de cada grupo. Segundo Rapoport (1972), a casa é considerada como um ente de extensão do próprio ser e se caracteriza para além de uma estrutura física com função utilitária”. 1

Compreendemos então, uma simbiose entre as construções e os nossos corpos, mentes e natureza, definindo como nos movimentar, impondo o que vemos, moldando nosso corpo, afetando nosso subconsciente social e a percepção sobre nós mesmos ao nos vigiar. Portanto, nossa saúde está à mercê dos espaços e não-espaços que vivemos. Até na pandemia da Covid19 as construções se mostraram reguladoras da morte e da vida das pessoas. Os espaços das cidades, forjados pelo capital num processo de economia para o gasto mínimo e lucro máximo, funcionam como organismos debilitados que adoecem a natureza e as pessoas. Portanto podemos entender que soterrar os rios é soterrar nossas veias também, derrubar árvores é cortar também nossos bronquíolos, diminuir espaços é diminuir os corpos, modificar as paisagens é modificar o que pensamos e apagar histórias é apagar o que somos.

Reconstruir sem reconstruir nossas veias, bronquíolos, o que pensamos, nossa história e o que somos, é apenas a manutenção da nossa atual tragédia desconectada da vida.

 1 https://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/download/72888/41219


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Imagem: Instalações “Re-Creation”, por OOPEAA, originalmente criadas para a Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Hong Kong Shenzhen em 2013-2014. Por Ugo Carmeni.

PROPOSTA_0010 – (IM) PERMANÊNCIA COMO AÇÃO UMA PROPOSTA EM DOIS ATOSRESPONSÁVEL: Beatriz Carvalho da Rocha

EQUIPE: Juulia Kauste, Beatriz Carvalho da Rocha e Jorn Konijn


RESUMO DA PROPOSTA: (Im)permanência como Ação – Uma proposta em Dois Atos é a proposta para a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo da curadora finlandesa Juulia Kauste, da curadora brasileira Beatriz Rocha e do curador holandês Jorn Konijn. A proposta consiste em dois atos:

1- Dez casos em tribunais públicos encenados de forma teatral investigando a suposta neutralidade de dez edifícios específicos. Eventualmente, agregado em uma exposição crescente.

2 – Uma série de intervenções temporárias, projetadas por equipes de arquitetos brasileiros e internacionais, destacando o poder do temporário. Além disso, eventualmente, agregadas em uma exposição.

A investigação no primeiro ato visa orquestrar uma discussão sobre o papel da arquitetura em uma ampla gama de vários problemas sociais. O segundo ato consiste em uma série de intervenções temporárias em escala leve a serem encenadas na Avenida Paulista apresentando um programa com curadoria de projetos que têm potencial para iniciar a transformação a partir do enquadramento das coisas de uma maneira diferente, através das intervenções. Essas intervenções serão executadas por arquitetos brasileiros e internacionais. O segundo ato também contém uma série de programas específicos para os bairros elencados, a serem desenvolvidos em colaboração com ONGs locais que têm a capacidade de alcançar as pessoas em determinadas partes selecionadas da cidade.


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Imagem: Parque Augusta, Avener Prado (FolhaPress)

PROPOSTA_0011 – CASA DO FIM-DO-MUNDORESPONSÁVEL: Laura Maringoni Mayer de Andrade

EQUIPE: Laura Maringoni Mayer de Andrade e Fábio Tremonte


RESUMO DA PROPOSTA: Imaginar a Casa do fim-do-mundo e, por consequência, o Fórum popular do fim-do-mundo vai de encontro às possibilidades que surgem com as diferentes formas de habitar o espaço doméstico e público durante a pandemia de covid-19. Novas formas de pensar e viver o mundo surgem em um momento de instabilidade como esse; a cooperação e o entendimento sobre a experiência do outro nos coloca a possibilidade criar algo que aponte novas formas de viver, que transformem o espaço.

A casa do fim-do-mundo é uma plataforma ativa para o desenvolvimento de modelos colaborativos, de mudança e criatividade entre diversas áreas do conhecimento; atuando, tanto no desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes, quanto no contexto onde é realizado. Busca promover a colaboração e a convergência entre pessoas diversas reunidas em torno de um objetivo comum: criar, desenvolver e implantar uma casa que esteja de acordo com os desejos e necessidades da comunidade envolvida.

O Fórum Popular do Fim-do-mundo será criado para o intercâmbio, produção de conhecimento sobre as possibilidades de futuro, contextos e desafios para a vida em sociedade pós pandemia; propõe uma conversa aberta e disposta à escuta entre perfis diversos para pensar o futuro da vida em sociedade, as concentrações urbanas e contribuir para a criação de práticas multissetoriais, levando em conta a criação e senso de comunidade.


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